O Essencial do Norte Argentino:
Viagem à Alma dos Vales e da Quebrada
O Norte Argentino é uma sinfonia de paisagens e culturas que convida a descobrir um mundo onde o tempo parece parar. Desde Tucumán, berço da independência, nos aventuramos nas frescas Yungas, selvas que abraçam as montanhas e escondem trilhas onde a vida se desdobra em mil tons de verde. Mais adiante, Tafí del Valle surge como um oásis nas alturas: seu lago rodeado por montanhas, suas casas de adobe e a herança diaguita fazem deste canto um refúgio sereno, onde a tradição rural se funde com a espiritualidade da paisagem.
A viagem ganha contornos históricos nas Ruínas dos Quilmes, testemunho de um povo que resistiu durante séculos nestas terras áridas, e segue até Cafayate, coração dos Vales Calchaquíes. Ali, entre quebradas e vinhedos, os aromas do torrontés, vinho branco de altitude, se misturam com a acolhida de seu povo e a beleza de formações naturais como o Anfiteatro e a Garganta do Diabo. Cafayate é uma terra de contrastes: fértil para o cultivo da uva, mas cercada por cerros ocres e quebradas que parecem pintadas à mão. Seguindo por caminhos sinuosos, se abre o caminho até Cachi, um dos vilarejos mais encantadores da região. Suas ruas de paralelepípedos, suas casas brancas com telhados de cardón e barro, e a serenidade de sua praça central nos transportam para outra época. Guardado pelo imponente Nevado de Cachi, este lugar transmite uma calma que se respira em cada canto, onde as tradições andinas convivem com uma atmosfera de tranquilidade que envolve o visitante.
O percurso nos leva então a Salta, a Linda, com sua fusão de arquitetura colonial, praças arborizadas e mercados cheios de cores, antes de subir para a mítica Quebrada de Humahuaca, Patrimônio da Humanidade. Entre vilarejos ancestrais e cerros multicoloridos, descobrimos em Purmamarca o mágico Cerro de los Siete Colores, e mais adiante a imensidão branca das Salinas Grandes, um deserto de sal que reflete o céu e cria a ilusão de caminhar entre espelhos infinitos. Em Humahuaca, a história se faz presente em sua praça, sua igreja e o Monumento aos Heróis da Independência. De lá, o caminho se estende até La Quiaca e Yavi, onde a fronteira com a Bolívia pulsa como uma ponte cultural, e até Iruya, vilarejo suspenso na montanha, onde as nuvens parecem descer às suas ruas íngremes e o silêncio envolve de misticismo este canto escondido.
A travessia culmina nas Yungas do Parque Nacional Calilegua, o pulmão verde do norte, onde a selva úmida e as trilhas rodeadas por aves e orquídeas nos lembram que a natureza aqui se revela em sua máxima expressão. Este itinerário por Tucumán, Salta e Jujuy é um encontro com a essência mais pura dos Andes: vinhedos que desafiam a altitude, vilarejos que parecem parados no tempo, paisagens que mudam de cor a cada curva do caminho e tradições que permanecem vivas. O Norte Argentino não é visitado: é vivido, respirado e guardado para sempre na alma.

DIAS | 12 Dias - 11 Noites |
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DESTINOS | Tucumán, Salta, Jujuy |
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PASSEIOS INCLUÍDOS |
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PASSEIOS OPCIONAIS |
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HOTELES |
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SERVIÇOS INCLUÍDOS |
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SERVIÇOS NÃO INCLUÍDOS |
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12 dias - 11 noites
Dia 1 - Chegada a Tucumán
Recepção no Aeroporto de San Miguel de Tucumán e traslado ao hotel.
Dia 2 - Conhecendo Tucumán & Yungas Tucumanas
Começaremos visitando o centro histórico e seus arredores, com lugares cheios de história refletida em seus edifícios e construções. A Plaza Independencia é nosso ponto de partida, para nos dirigirmos à Casa do Governo e todas as casas históricas que a cercam.
Depois, iremos para a Catedral, a Igreja e o Convento de San Francisco, monumento nacional pelas relíquias que conserva, como a primeira bandeira nacional hasteada em Tucumán em 1814, entre outras; a Igreja de Nossa Senhora da Merced de estilo neoclássico com interior simples; o Museu Histórico Provincial Nicolás Avellaneda, que é a casa onde ele viveu, assim como outras figuras políticas do século XIX; a Igreja e o Convento de Santo Domingo, entre outros edifícios e casas representativas. Depois de concluir nosso passeio pelo centro histórico da cidade de Tucumán, continuaremos para o Parque 9 de Julio, projetado por Carlos Thays, paisagista francês, que conta com um belo relógio feito de flores, caminhos coloridos e trilhas para passear entre árvores.
Depois, iremos ao Museu da Indústria Açucareira "Casa del Obispo Colombres", que nos ensinará a história da indústria do açúcar na província desde seus inícios artesanais. Seguimos para a área mais distinta da cidade de Tucumán, Plaza Urquiza, que se destaca por seus caminhos e espaços que as pessoas usam para andar de patins ou bicicleta e que é um espaço verde para descanso, com estilo francês ao redor; o Teatro San Martín, a Legislatura e o Cassino. Plaza Alberdi, outro espaço verde com sua grama e bancos bem conservados, que fica em frente à Estação Terminal da Ferrovia General Mitre, que será nosso último ponto do passeio.
Café da manhã no hotel. Exploramos as belas Yungas tucumanas combinando paisagens de montanha, história e cultura local. Partimos de San Miguel de Tucumán pela Rota 9 em direção à Represa Celestino Gelsi (antiga Cadillal), atravessando o pitoresco tobogã, as usinas e o rio Loro. Continuamos em direção a Tapia, chegando às encantadoras localidades de Raco e El Siambón, onde visitamos o mosteiro dos monges beneditinos. A rota segue para San Javier, subindo até 1.200 metros de altitude para contemplar o imponente Cristo Redentor e desfrutar de vistas panorâmicas da região. Em seguida, visitamos Villa Nougues, famosa por suas elegantes residências e arquitetura histórica, antes de descer por Yerba Buena de volta a San Miguel de Tucumán. Saídas: aproximadamente 08:00 e 14:00. Duração: aproximadamente 6 horas. Inclui transporte e guia profissional. Não inclui gorjetas nem almoço.
Dia 3 - Tafí del Valle, Ruínas dos Índios Quilmes & Cafayate
Café-da-manhã no Hotel. Atravessando o Abra e indo a Ampimpa podemos observar cardos ao nosso lado, um balcão natural do Valle de Yocavil ou Santa Maria, de onde podemos ver o povoado de Amaicha del Valle a poucos kilômetros. Ali habita a única comunidade indígena do noroeste, a cultura diaguita, fabricantes de peças únicas e lugar famoso por seus excelentes vinhos pateros, alfajores, torrones e queijos. Ademais, podemos visitar e explorar os assentamentos pré-colombianos de Fuerte Quemado, o Pucará de Loma Rica, restos bem conservados desse povoado, com muros de rodados, morteiros feitos de barro e recheio de rípio; podemos encontrar diversos elementos que eles utilizavam como Urnas San José e Santa Maria, Paya Policromo e Incaico, objetos de osso e pedra.
Também podemos visitar Pucará de Los Cardones, outro lugar arqueológico que ainda é conservado naturalmente, onde passearemos por trilhas, rios, quebradas e pelo dique, entre outras atrações que conheceremos. Cruzando o Rio Yocavil entraremos nas Ruínas de los Quilmes, os restos do maior assentamento pré-colombiano da Argentina; o nome se debe a que, quando foram derrotados pelos espanhóis, foram obrigados a percorrer milhares de kilômetros até chegar a Buenos Aires, a localidade que agora leva seu nome. Visitaremos o museu e à continuação, a fortaleza construída por essa comunidade. Passaremos por El Bañado, Colalao del Valle. Continuamos pelo povoado de Tolombón para entrar em Cafayate. A medida que avançamos podemos observar que passamos de paisagens áridas a campos de vinhedos: já nos encontramos em terras de Cafayate. Dormiremos em Cafayate.
Dia 4 - Vales Calchaquíes por Cafayate
Café-da-manhã no Hotel. Continuaremos nossa viagem desde Cafayate, visitando os Vales Calchaquíes. Visitaremos a Catedral de Nossa Senhora do Rosário em contraste com as colinas de fundo de várias tonalidades, e depois percorreremos as adegas mais tradicionais dessa linda cidade entre vales e colinas, de um verde impactante; fundamentalmente, por seus vinhos torrontés, um lugar ideal por sua temperatura e umidade para o desenvolvimento desse tipo de uva, de um sabor doce e frutal, para ser degustado com seus queijos de cabra. O nome da cidade deve-se ao de um antigo aldeamento indígena cujo significado é "Sepultura de las penas". Teremos o prazer de poder degustar vinhos de algumas adegas. Depois, visitaremos o Museu Arqueológico, lugar onde se encontra uma grande quantidade de objetos que pertenceram a populações indígenas e tem motivado a que se realizem muitas investigações, excavações, restauração e exibição dos mesmos.
Nos maravilharemos ao entrar em terreno de formas curiosas e muito chamativas passando por Quebrada de las Conchas, onde poderemos ver figuras como a Garganta do Diabo, o Anfiteatro, um lugar maravilhoso onde se pode escutar perfeitamente o eco de qualquer som e onde se realizam vários festivais de folclore; o Obelisco, que forma um penhasco solitário, os Castelos, de um vermelho intenso, que lembra os castelos da época medieval, a Yesera com suas formações de arenitos claros, a Casa dos Papagaios, já que as paredes de pedra têm orifícios que são o hábitat de grandes bandos de papagaios durante o verão, o Frade, o Sapo e a impressionante Garganta do Diabo de Salta, com forma de traquéia humana e também chamada dessa forma por sua coloração.
Faremos uma parada em Alemanha, uma população solitária, onde é impossível não nos deter para admirar seus velhos casarões entre colinas verdes; na estação de trens que já não é mais utilizada, poderemos admirar as lindas obras de artesãos que nos convidam a levar uma lembrança desse povoado. Nos prepararemos para descender pelos vales. Chegaremos ao Dique Cabra Corral, perto de Coronel Moldes, um lugar ideal para a prática de esportes aquáticos; passaremos por populações onde se desenvolve a atividade agrícola-pecuária como El Carril, onde se encontram várias empresas armazenadoras de tabaco assim como também se pode apreciar plantações de figos, nogueiras e pêssegos, La Merced com suas ruas limpas e seus espaços verdes a tornam muito pitoresca, e Cerrillos. Todos esses lugarejos pertencem ao Valle de Lerma, de onde se diz, segundo as lendas que foram surgindo, que há tesouros que proveem de minas, que foram encontrados e estão ocultos em algum lugar entre as colinas. Seguiremos em direção à cidade de Salta, passando por paisagens imponentes que se modificam em cada curva, com magníficos coloridos como o vermelho das colinas, o ocre do pasto seco, o cinza das pedras e o verde dos cactus. Dormiremos em Salta. Se você deseja conhecer outras opções de excursões em Salta, clique aqui: Excursões em Salta.
Dia 5 - Conhecendo Salta
Começaremos nosso tour pela cidade a partir da bonita Praça 9 de Julho, chamativa por seus canteiros enfeitados com um grande colorido e suas árvores frutais, que deixam sua fragância no ar de Salta. Da praça, teremos uma primeira visão da história e seu passado colonial, já que estaremos rodeados de seus edifícios antigos, como o Cabildo, a Catedral, a Igreja de São Francisco, o Convento de São Bernardo das Freiras Carmelitas, um dos edifícios mais antigos da cidade: a porta que dá entrada ao convento foi feita de madeira de algaroba talhada a mão por nativos em 1762; suas antigas casas completam o centro histórico, que hoje em dia são monumentos de grande importância.
Dali, nos dirigiremos à imponente e mais conhecida colina da cidade de Salta: o Cerro San Bernardo. No caminho, passaremos por suas ruas, chegando ao monumento de Güemes, um general argentino conhecido por seus ideais de liberdade, seu desprezo ao materialismo e seu amor à Pátria. Chegaremos no Parque San Martín, onde se encontra a estação de teleféricos, o meio pelo qual ascenderemos ao Cerro para ter uma panorâmica impressionante da cidade e seus arredores, com as colinas de fundo.
Depois, continuaremos em direção a um lugar realmente encantador, escolhido por suas maravilhosas atrações naturais e atividades diversas para realizar: a vila de verão de San Lorenzo, onde se encontra La Quebrada, um lugar ideal para passar o dia à beira do rio escutando seu som relaxante. O caminho nos conduz entre jardins floreados, mansões, castelos rodeados por colinas e onde se pode realizar cavalgadas, trekking e piquenique. Voltaremos à cidade, passando primeiro pelo Mercado Artesanal, onde poderemos adquirir lembranças dessa linda cidade, tais como peças em prata e cerâmica, tecidos rústicos de lã de lhama, artesanatos em couro, entre outros.
Dia 6 - Vales Calchaquíes por Cachi
Café-da-manhã no Hotel. Daremos uma volta pelos Vales Calchaquíes, dessa vez por Cachi, passando em meio de paisagens extraordinariamente bonitos. Durante nosso percurso até essa cidade encantadora poderemos observar lindos pontos turísticos particulares, começando pela Quebrada del Escoipe, uma zona quase selvagem percorrida pelo rio homônimo e que cruza várias pontes até chegar à Costa do Bispo. Essa última é, também, uma obra da natureza, já que começamos a subida por um caminho em zig-zag e de cornija, rodeando-nos de colinas de um verde impactante, toda sua vegetação que, em contraste com o céu se torna um panorama indescritível. O ponto mais alto nesse trecho corresponde à Pedra do Moinho, a 3348 metros sobre o nível do mar e desde o qual teremos uma panorâmica única de Quebrada del Escoipe.
Uns dois kilômetros antes de chegar à Pedra do Moinho, poderemos apreciar o cartaz que nos indica que estamos no Parque Nacional Los Cardones que protege sua vegetação, como Pastizales de Neblina, Monte, Puna, Alta Montaña. Entre a fauna preservam-se espécies como o taruca, vicunha, guanaco, puma, raposa-colorada, lince-pardo, doninha, tatu, condor, pica-pau, lagartixas, coral, urutu, entre outros.
Depois de passar pelo ponto mais alto, Pedra do Moinho, chegaremos ao Vale Encantado, um lugar onde se misturam formas e cores e onde a ação do vento e da água esculpiram a paisagem em curiosas formas e relevos. Ali encontraremos um pequeno lago e pinturas rupestres em covas e aleros. Se tivermos sorte poderemos ver condores voando no céu. Mais tarde, chegaremos a um pequeno vale de ladeiras suaves e cobertas de pasto, aproveitado pelo gado bovino, com o qual é comum que nos cruzemos durante o caminho. Se continuamos mais alguns kilômetros, poderemos apreciar uma bacia fechada e a lagoa El Hervidero, lugar preferido pelos guanacos para pastar.
A Recta de Tin Tin será outro ponto inesquecível que observaremos durante nosso passo, já que se trata de uma linha perfeita de 18 kilômetros de onde podemos ver uma enorme quantidade de cardos, olhando à nossa direita o Cerro Tin Tin e à nossa esquerda o Cerro Negro. Atravessaremos esse antigo caminho inca para chegar a Payogasta, onde nos surprenderemos com o tapete vermelho e colorido que as plantações de pimentões formam, já descendendo ao povoado de Cachi, aos pés do Cerro Nevado e localizado entre o rio homônimo e Calchaquí. Lá, percorreremos suas ruas com edificações de um branco deslumbrante, suas casas de adobe e ruas de pedra, mas o que mais se destaca é a amabilidade e o tratamento das pessoas. Durante a tarrde, regressaremos à Salta.
Dia 7 - Quebrada de Humahuaca
Café-da-manhã no Hotel. Hoje nos espera um dia repleto de história e paisagen, já que faremos o circuito à Quebrada de Humahuaca, visitando seus povoados pré-hispânicos que datam de centenas de anos atrás e alguns se mantiveram intactos, como se estivessem nos convidando a percorre-los para conhecer mais sobre eles. Para começar, a Quebrada de Humahuaca foi declarada Patrimônio Natural e Cultural da Humanidade, em 2003.
Começamos atravessando o vale de Siancas pelo povoado de Gral. Güemes, para percorrer uma área de cultivo de cana de açúcar, tabaco e algodão, entre outros, e chegaremos à província limítrofe Jujuy e sua capital em um vale de 155 kilômetros de extensão, rodeado de colinas multicores, vegetação de zona árida e o rio Grande. Entraremos em uma zona de uma variedade incrível de tons marrons, verdes, ocres e vermelhos. Seguiremos à Yala, uma vila de verão, localizada no meio de montanhas, rios e lagunas, com edificações residenciais e casas de fim-de-semana; ali também se encontra o Parque Provincial Potrero de Yala que preserva as Lagunas de Yala onde pode-se fazer observação de aves. Começamos a ascender pela quebrada, passando por povoados detidos no tempo, que vão fazendo da paissagem um postal inesquecível.
Chegamos a Purmamarca, uma localidade pitoresca localizada aos pés do imponente e único Cerro de los Siete Colores, apresentando-nos suas gamas surpreendentes que se misturam com a tranquilidade do ambiente, sua vegetação e o azul do céu, ademais de centenas de ruínas das primeiras populações da região. Seguimos a Maimará, uma população que se encontra bem no centro da quebrada, ali poderemos apreciar a Paleta del Pintor, com seus cerros multicor fazendo homenagem a seu nome, Posta de Hornillos na qual se encontra um museu para vivenciar e ser testemunhas da vida pré-hispânica; continuamos em direção a Tilcara, localidade famosa por suas covas e ruínas de antigos povoados. Em Uquía, conheceremos sua pequena igreja, a qual é uma das mais antigas da área. Poderemos degustar pratos regionais saborosos e depois fazer um recorrido por onde se encontram os artesãos e adquirir seus artesanatos indígenas, tecidos rústicos de lhama e vicunha, acompanhados de seus habitantes tão amáveis e agradecidos.
Dia 8 - Salinas Grandes & Purmamarca
Partimos diretamente de Purmamarca, aos pés do famoso Cerro dos Sete Cores, iniciando nosso percurso pela região da Puna. Começamos com uma breve parada técnica para caminhar um pouco e aclimatar à altitude, enquanto apreciamos a vista panorâmica do cerro e o ambiente típico da cidade. Continuamos nossa viagem pela espetacular Cuesta del Lipán, estrada de borda onde faremos várias paradas para tirar fotos e aproveitar a experiência de estar sobre as nuvens, atingindo nosso ponto mais alto a 4.170 metros acima do nível do mar. A partir daí, descemos até os 3.600 metros para chegar às imponentes Salinas Grandes, uma paisagem branca e deslumbrante que convida a capturar as fotografias e vídeos mais criativos, vivendo uma experiência única e inesquecível.
As Salinas Grandes são uma das paisagens mais impressionantes do norte argentino, situadas a cerca de 3.600 metros acima do nível do mar, na região da Puna. Este vasto salar se estende até onde a vista alcança, com sua superfície branca e brilhante formada por milhões de anos de evaporação de antigas lagoas salgadas. Caminhar sobre o sal é uma experiência única, enquanto o horizonte se funde ao céu criando uma sensação de imensidão e pureza. A luz do sol transforma constantemente as cores e reflexos, oferecendo oportunidades únicas para fotos e vídeos memoráveis. Além disso, as Salinas Grandes não são apenas um espetáculo visual, mas também um lugar carregado de história geológica e cultural, onde se pode sentir a conexão com a natureza extrema e a tradição dos povos originários que habitam a região.
O retorno é feito pelo mesmo trajeto, mas com uma paisagem diferente: o sol às nossas costas transforma as cores das montanhas, oferecendo novas perspectivas surpreendentes e tonalidades. De volta a Purmamarca, teremos a oportunidade de desfrutar da gastronomia regional (opcional, não incluída), percorrer a praça principal, visitar a igreja da cidade e passear pelo Paseo de los Colorados, admirando novamente o Cerro dos Sete Cores de diferentes ângulos. Retornamos a Purmamarca ou podemos voltar para Jujuy ou Salta.
Dia 9 - La Quiaca, Yavi & Villazón
No extremo norte da Argentina encontram-se terras milenares que guardam lendas de um antigo marquesado, situado em um oásis verde em pleno altiplano de Jujuy, bem na fronteira com nosso país irmão, a Bolívia, e no caminho para Cuzco, combinando tradição, paisagens e comércio.
Atravessaremos o que resta da Quebrada de Humahuaca, partindo de Purmamarca e iniciando nosso percurso rumo ao extremo norte da Argentina, passando pela Posta de Hornillos, onde podemos apreciar a história do antigo caminho do altiplano. Seguimos para Uquía, famosa por sua igreja que abriga as impressionantes pinturas dos Anjos Arcabuzeiros, realizadas por artistas da Escola de Cuzco, do Peru, durante o período colonial. Continuamos para Huacalera e, por fim, chegamos a Humahuaca, situada a 2.600 metros acima do nível do mar, onde visitaremos o centro histórico, o Monumento à Independência e a praça principal, receberemos a bênção de São Francisco Solano e exploraremos as ruelas coloniais, acompanhados por guias locais que nos contarão a rica história deste povoado, Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade.
A viagem continua pela mesma rota, passando por Abra Pampa, conhecida como “A Sibéria Argentina”, nome dado pelos seus habitantes, em sua maioria descendentes de sírios. A partir daí, seguimos para La Quiaca, com tempo livre para o almoço (recomenda-se uma refeição leve). La Quiaca está localizada na fronteira com a Bolívia. No início do século XX, o trem chegou desde a Puna até a fronteira, onde foi construída a estação terminal e um viaduto formado por três arcos sobre o rio La Quiaca. Com o passar do tempo, La Quiaca se desenvolveu e ganhou relevância a partir da metade do século XX.
La Quiaca é um ponto de passagem constante de habitantes do Altiplano Andino, facilmente reconhecíveis por suas vestimentas típicas da puna. Após um breve descanso, visitamos o povoado vizinho de Yavi, com sua imponente igreja dourada e sua rica história como parte do Marquesado de Tojo. O Museu da Casa do Marquês e o antigo moinho são fiéis reflexos dos vestígios desse antigo marquesado. Após a visita ao povoado, retornamos a La Quiaca para cruzar a fronteira e conhecer Villazón (Bolívia), famosa por seu amplo mercado.
Iniciamos o retorno a Purmamarca
Dia 10 - Iruya: povoado de montanha
Saímos de Purmamarca e, após atravessar Humahuaca, seguimos diretamente para Iruya, evitando o desvio por Iturbe e o leito do rio. Chegaremos por volta das 13h30, com tempo livre para um almoço leve por conta do passageiro e a possibilidade de realizar o circuito de trilhas opcional (30 a 60 minutos), que permite explorar a natureza e apreciar vistas panorâmicas do vale.
Iruya é uma pitoresca vila situada nas montanhas, a mais de 2.800 metros de altitude, que conserva um charme colonial único. Suas ruas de paralelepípedos e casas de adobe se entrelaçam com a paisagem montanhosa, oferecendo vistas espetaculares do vale e dos rios que o cruzam. A tranquilidade do lugar, sua arquitetura tradicional e a calorosa recepção de seus habitantes criam uma experiência autêntica e imersiva, onde a história e a natureza coexistem em perfeita harmonia. É um lugar ideal para passeios, fotografias e para sentir a vida do altiplano, apreciando a cultura local e o ambiente natural ao redor. À tarde, começaremos o retorno pelo mesmo caminho, com uma parada técnica de 20 minutos em Tilcara para descansar e aproveitar as vistas antes de continuar até Jujuy ou Salta.
Dia 11 - As Yungas, Parque Nacional Calilegua: A Maior Reserva da Biosfera da Argentina
Café da manhã no hotel. Neste dia, podemos conhecer o Parque Nacional Calilegua, dependendo do clima e se estiver disponível para visitação, caso contrário, faremos outra atividade.
Começaremos nossa aventura pelo Corredor das Selvas e Vales visitando o Parque Nacional Calilegua. Faremos uma primeira parada para desfrutar de um dos circuitos que existem no Parque, desde os 475 m.s.n.m. até os 1700 m.s.n.m. Existem 3 caminhos para percorrer: La Mamota, La Herradura e La Lagunita, sempre acompanhados de um guia do parque.
A selva de Yungas é um dos biomas mais ricos em espécies de mamíferos da região temperada tropical do noroeste. Estima-se mais de 100 espécies de mamíferos nos 600 km de extensão do Noroeste da Argentina. Aproximadamente 35% das espécies de mamíferos terrestres da Argentina se encontra nesse ecossistema de Selvas e Vales.
Observamos mamíferos como a onça-pintada, antas, tamanduá, macaco-prego, irara, mão-pelada, ouriço-caixeiro, coelho-do-mato, esquilos, morcegos, tatus, certos marsupiais, etc. Aves como jacuguaçu, águias, juritis, surucuás, papagaios, tucanos, beija-flores, chupim, etc. Dentro dos répteis, existem cobras e lagartos. Como anfíbios veremos sapos marsupiais, sapinho de barriga vermelha e rãs. Quanto aos peixes, proliferam sargos, bagre, enguia, traíra, cascudo, bagre grande, etc. É muito conhecido o "urso-de-óculos", chamado pelos habitantes de ucumari.
As Selvas Montanhosas estão sobre as ladeiras entre 500 e 1000 metros. A vegetação é densa e úmida. Na capa arbórea mais alta, acima dos 30 metros, encontramos o louro, o laurel, mirto e outras espécies de cedros, nogueiras, etc. No estrato médio, que não supera 20 metros; há chal-chal, carvalho e celtis. Encontramos outros estratos, um arbustivo e outro herbáceo, plantas que se desenvolvem sobre a superfície do solo e uma quantidade importante de cipós e epífitas. No Parque Nacional Calilegua podemos observar diferentes tipos de bosques onde habitam o pinho do cerro, de manera irregular, o bosque de amieiros e o polylepis, que atingem até 3000 metros de altura.
Valles & Barragens - Lagoas de Yala & Termas de Reyes (Opcional)
A visita ao Parque Nacional Calilegua pode ser substituída pelas excursões aos vales e barragens Los Alisos, La Ciénaga e Las Maderas, às Lagoas de Yala e às Termas de Reyes.
Passearemos pelos diques La Ciénaga e Las Maderas para depois regressar pelo povoado de San Antonio, um dos povoados melhor conservados de todo o vale. Sobressaem os queijos elaborados artesanalmente pela população da zona. Depois, continuaremos por La Almona para ver uma fábrica de doces artesanais. Finalmente, iremos ao dique Los Alisos, antes de regressar a San Salvador de Jujuy.
Viajaremos de San Salvador às lagoas de Yala que se encontram apenas a 20km da cidade. Trata-se de seis lagoas situadas em um marco natural imponente, rodeadas de um verde exuberante e a uma altura superior a 2.000 metros, rodeadas de um bosque de amieiros e pinhos. Subiremos por um caminho de cornija mas antes passaremos por um lugar de pesca de trutas.
As lagoas formam parte do Parque Provincial Potrero de Yala e pertencem à Reserva da Biosfera, uma das regiões protegidas de Jujuy de todo o Noroeste. Yala é ideal para a prática de esporte aventura e turismo ecológico, bem como para a pesca esportiva. Essa região pertence à zona dos Vales de Jujuy e tem muita semelhança com o Parque Nacional Calilegua. Mais tarde, deixaremos Yala para ir a Reyes, em um percurso muito pitoresco e singular até desembocar no mirante de Reyes onde se poderá observar, com uma vista panorâmica espetacular, a Quebrada homônima. Se você deseja conhecer outras opções de excursões em Jujuy, clique aqui: Excursões em Jujuy.
Dia 12 - San Salvador de Jujuy
Café da manhã no hotel. Traslado do hotel para o Aeroporto de San Salvador de Jujuy. Fim dos nossos serviços.