Iguazú, Salta, Atacama, Uyuni & Jujuy em 21 dias

Neste viagem de 21 dias, atravessamos algumas das paisagens mais extraordinárias da América do Sul. Desde a selva missioneira e a majestade das Cataratas do Iguaçu, seguimos rumo ao norte argentino para descobrir a elegância colonial de Salta, os Vales Calchaquíes com seus vilarejos e vinícolas, e a Quebrada de Humahuaca com suas montanhas multicoloridas e as imensas Salinas Grandes. Depois cruzamos para o Chile para adentrar o deserto de Atacama, com seus vales lunares, gêiseres e lagoas altiplânicas, antes de continuar para a Bolívia, onde o altiplano nos revela seu esplendor na Laguna Colorada, no deserto de Dalí e, finalmente, no Salar de Uyuni, espelho infinito entre céu e terra. Concluímos em Jujuy, em vilarejos de montanha como Iruya, com o coração cheio de paisagens inesquecíveis e a certeza de ter vivido uma travessia única pela essência dos Andes.

Viagem dos sonhos e irrepetível pelo Norte:
A força da selva, a calma dos vales, a imensidão dos salares e a magia do altiplano

Iniciamos uma viagem que atravessa paisagens tão diversas quanto surpreendentes, unindo a força da selva, a calma dos vales, a imensidão dos salares e a magia do altiplano andino. Começamos nas Cataratas do Iguaçu, maravilha natural onde a selva missioneira vibra com o rugido da água e a neblina se transforma em arco-íris suspenso no ar. Caminhamos entre trilhas na selva, sentimos a umidade do tropico na pele e nos deixamos envolver por um dos espetáculos mais grandiosos da natureza.

Deixamos para trás a selva e nos adentramos no norte argentino. Salta nos abre suas portas com suas ruas coloniais, seu espírito de montanha e o título de "La Linda". De lá partimos para os Vales Calchaquíes, terra de vinícolas centenárias e paisagens que alternam cardones, formações rochosas coloridas e vilarejos parados no tempo, como Cachi e Cafayate. Seguimos para Jujuy, onde a Quebrada de Humahuaca despliega seu leque de cerros policromáticos, declarada Patrimônio da Humanidade, e as Salinas Grandes nos surpreendem com sua imensidão branca e seu céu refletido sobre a terra.

Cruzamos os Andes pelo Passo de Jama e adentramos o deserto de Atacama, no Chile, onde a paisagem se transforma em outro mundo. Lá exploramos o Vale da Lua, que parece esculpido pela imaginação dos deuses; os Gêiseres do Tatio, que despertam ao amanhecer entre fumarolas e colunas de vapor; e as lagoas altiplânicas de Piedras Rojas e Chaxa, que refletem vulcões e aves andinas em águas de cor turquesa. A cordilheira nos mostra aqui seu rosto mais árido e, ao mesmo tempo, mais cativante.

Nossa viagem segue para a Bolívia, onde o altiplano se expande em toda sua grandeza. Nos aguardam as Lagunas Verde e Colorada, com seus tons surrealistas; o deserto de Dalí, com sua paisagem onírica; e finalmente, o Salar de Uyuni, o maior espelho natural do planeta. Caminhamos sobre sua superfície infinita, contemplamos ilhas cobertas por cactos milenares e assistimos a pôr do sol que incendiando o horizonte com cores impossíveis. É aqui que a natureza parece apagar os limites entre o céu e a terra, nos oferecendo uma das experiências mais comoventes de toda a viagem. De volta a Jujuy, descobrimos Iruya, um vilarejo escondido entre montanhas que conserva intacta sua essência andina, e nos despedimos em San Salvador, com a sensação de ter percorrido um mosaico de mundos em uma única viagem.

Este itinerário de 21 dias e 20 noites não é apenas um passeio, é uma travessia pelo mais profundo da América do Sul. Das cataratas que rugem na selva aos vales que sussurram histórias ancestrais, dos desertos que parecem de outro planeta aos salares que refletem a eternidade, a cada passo nos conectamos com a natureza e conosco mesmos. Ao final, voltamos com o coração cheio de paisagens inesquecíveis e a certeza de ter vivido uma viagem única, um cântico eterno à grandeza dos Andes.

Iguazú, Salta, Atacama, Uyuni & Jujuy em 21 dias
DIAS
21 Dias - 20 Noites
DESTINOS
Cataratas do Iguaçu, Salta, Atacama, Uyuni, Jujuy
PASSEIOS INCLUÍDOS
  1. Cataratas do Iguaçu Lado Argentino
  2. Cataratas do Iguaçu Lado Brasil
  3. Ruinas Jesuíticas de San Ignacio e Minas de Wanda
  4. Conhecendo Salta
  5. Quebrada de Humahuaca
  6. Vales Calchaquíes por Cafayate
  7. Vales Calchaquíes por Cachi
  8. Salinas Grandes e Purmamarca
  9. Vale da Lua e Cordilheira do Sal
  10. Lagoas Altiplânicas, Pedras Rojas e Laguna Chaxa
  11. Geyser del Tatio
  12. Lagoas Altiplânicas: Verde e Blanca, Deserto de Salvador Dalí
  13. Deserto de Siloli, Árvore de Pedra... e Pôr do Sol no Salar de Uyuni
  14. Salar de Uyuni, Isla Incahuasi, Colchani e Uyuni - Tupiza
  15. Quebrada de Palmira, Vale dos Machos, Cânion do Inca e Cânion do Duende
  16. Yavi, La Quiaca e Villazón
  17. Iruya: Povoado de Montanha
PASSEIOS OPCIONAIS
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HOTÉIS
DESTINO STANDARD INTERMEDIO SUPERIOR
IGUAZU Kelta Amerian Portal IGR Loi Suites Iguazú
SALTA Inkai Casa Real Legado Mítico
PURMAMARCA Refugio del Coquena Posta de Purmamarca Manantial del Silencio
ATACAMA Casa de Don Tomás (UP) Casa de Don Tomás Noi Casa Atacama
BOLIVIA ALTIPL Tayka del Desierto (UP) Tayka del Desierto Malku Cueva
UYUNI Nido de Flamenco Cristales de Sal Jardines de Uyuni
TUPIZA Mitru Express La Torre ----------
JUJUY Posada El Arribo Jujuy Palace Altos de la Viña
SERVIÇOS INCLUÍDOS
  • Hospedagem com café da manhã, de acordo com a categoria de hotel selecionada
  • Traslados conforme detalhados no itinerário
  • Passeios regulares conforme descritos no itinerário (exceto os opcionais)
  • Guia bilíngue Espanhol–Inglês
  • Coordenação durante toda a viagem
SERVIÇOS NÃO INCLUÍDOS
  • Passagens aéreas internacionais
  • Passagens aéreas domésticas
  • Ingressos para os parques nacionais
  • Passeios opcionais conforme detalhados no itinerário

21 dias - 20 noites

Dia 1 - Chegada a Iguaçu

Recepção no Aeroporto de Iguaçu e traslado para o hotel.

Dia 2 - Cataratas do Iguaçu: Argentina

Faremos uma das mais interessantes e inesquecíveis excursões pelas passarelas que nos levam a conhecer as imponentes Cataratas do lado argentino, chegando até a Garganta do Diabo, uma obra da natureza que impressiona com suas águas furiosas, a 80 metros de altura. Desde o Circuito Inferior, poderemos apreciar a natureza abundante que nos rodeia, enquanto descemos pelas escadas que nos permitem ver o espetáculo destas cortinas de água rodeadas por uma vegetação densa. Passaremos pela queda Álvaro Núñez, desde onde teremos as primeiras vistas da Garganta do Diabo. Seguindo a trilha, nos encontramos com a ilha San Martín e a queda de mesmo nome e, já finalizando este caminho, com a queda Bosetti, Dos Hermanas. Poderemos contemplar este show de águas enquanto nos refrescamos, já que o choque dessas contra as rochas produzem um vapor que nos salpicará completamente.

Continuamos nosso circuito, desta vez na parte superior, onde percorreremos as mesmas quedas, mas com uma visão diferente das Cataratas e de seu arredor, também já nos vamos aproximando do nosso próximo ponto, o mais impactante, que nos orientará com o bramido das correntes de água. Chegaremos em trem até a estação Garganta do Diabo para recorrer um caminho serpenteante entre as ilhas e, deste modo, ter uma ampla vista deste grande espaço no meio da selva, criada, segundo a lenda, pela fúria do Deus do Rio Iguaçu.

Lua Cheia (opcional em Cataratas Argentinas) Faremos este passeio exclusivamente à noite, com plena lua cheia nos mostrando os sons e segredos da selva missioneira. Começamos partindo no Trem Ecológico até a Estação Garganta do Diabo, de onde já vamos percebendo os primeiros ruídos e murmúrios da natureza, criando um ambiente de mistério e magia. El espetáculo que se produz sobre as Cataratas com o arco-íris aparecendo entre as águas, com reflexo pela luz da lua, nos fará suspirar de emoção. Além disso, internados neste ambiente tão abrumador, captaremos os movimentos e sons dos animais que saem em busca de alimento. Depois de uma experiência tão magnífica, regressamos em trem até o centro de visitantes.

Dia 3 - Cataratas do Iguaçu: Brasil

Hoje nos espera um percurso extremamente lindo por uma passarela única de 1 km para ver desde outro ponto as Cataratas do Iguaçu do lado brasileiro. Durante este trajeto, além de poder conhecer um pouco mais sobre a fauna e flora, veremos um cartão postal único das cataratas, já que a área está mais espaçada no que se refere às quedas, porque a grande maioria se encontra do lado argentino, formando uma parede de água de 2700 metros de largura. Por isso, a Garganta do Diabo, deste lado reluzirá com todo seu esplendor até nos deixar maravilhados.

Além disso, esse lugar é hábitat de espécies raras de flora e fauna, algumas com risco de extinção, como a nutria gigante, o urso formigueiro, o jaguar, o cervo comum, o caimã amarelo. Poderemos encontrar também flores nativas, como orquídeas, bromélias e uma infinidade de borboletas.

Nota: Devemos ter em conta que este passeio só se realiza durante 5 dias ao mês durante o plenilúnio, dois dias antes, dois dias depois e durante o mesmo. Também devemos considerar que as vagas são limitadas para essa atividade e, obviamente, depende das condições climáticas do dia.

Dia 4 - Ruínas Jesuíticas de São Ignacio & Minas de Wanda

Faremos um passeio às famosas Ruínas Jesuíticas, que foram declaradas Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1984. Durante o trajeto até essa magnífica obra, poderemos desfrutar da paisagem, observando povos e plantações. Trata-se dos restos de uma civilização que foi construída por Guaranis e fundada em 1610 justamente pelos jesuítas. Aprenderemos sobre sua construção, vida e costumes dos aborígenes e como foram catequizados pelos jesuítas. Os restos dos 30 povos que fundaram esses se encontram escondidos no meio da vegetação de países como Argentina, Brasil e Paraguai.

Depois vamos visitar as Minas de Wanda, a 40 km de Puerto Iguazú, onde poderemos apreciar o grande atrativo que representam essas pedras semi-preciosas de cristais de quartzo, ametistas, ágatas e topázios. Encontram-se a céu aberto margeando o Rio Paraná, o que torna a paisagem inesquecível, rodeada de plantações de pinos, erva-mate, chá, etc. À medida que percorremos as trilhas, nos surpreendemos com as distintas variedades de cores que representam essas pedras preciosas. Um dado curioso a se ter em conta é que o nome se deve a uma princesa polaca que gostava dessas pedras. Aí mesmo, poderemos adquirir lembranças destas pedras preciosas que encantam nossos olhos. Se você deseja conhecer outras opções de excursões em Iguaçu, clique aqui: Excursões em Iguaçu.

Dia 5 - De Iguaçu a Salta

Café da manhã no hotel. Traslado do hotel para o Aeroporto de Iguaçu. Recepção e traslado do Aeroporto de Salta para o hotel.

Dia 6 - Conhecendo Salta, La Linda

Começaremos nosso tour pela cidade a partir da bonita Praça 9 de Julho, chamativa por seus canteiros enfeitados com um grande colorido e suas árvores frutais, que deixam sua fragância no ar de Salta. Da praça, teremos uma primeira visão da história e seu passado colonial, já que estaremos rodeados de seus edifícios antigos, como o Cabildo, a Catedral, a Igreja de São Francisco, o Convento de São Bernardo das Freiras Carmelitas, um dos edifícios mais antigos da cidade: a porta que dá entrada ao convento foi feita de madeira de algaroba talhada a mão por nativos em 1762; suas antigas casas completam o centro histórico, que hoje em dia são monumentos de grande importância.

Dali, nos dirigiremos à imponente e mais conhecida colina da cidade de Salta: o Cerro San Bernardo. No caminho, passaremos por suas ruas, chegando ao monumento de Güemes, um general argentino conhecido por seus ideais de liberdade, seu desprezo ao materialismo e seu amor à Pátria. Chegaremos no Parque San Martín, onde se encontra a estação de teleféricos, o meio pelo qual ascenderemos ao Cerro para ter uma panorâmica impressionante da cidade e seus arredores, com as colinas de fundo.

Depois, continuaremos em direção a um lugar realmente encantador, escolhido por suas maravilhosas atrações naturais e atividades diversas para realizar: a vila de verão de San Lorenzo, onde se encontra La Quebrada, um lugar ideal para passar o dia à beira do rio escutando seu som relaxante. O caminho nos conduz entre jardins floreados, mansões, castelos rodeados por colinas e onde se pode realizar cavalgadas, trekking e piquenique. Voltaremos à cidade, passando primeiro pelo Mercado Artesanal, onde poderemos adquirir lembranças dessa linda cidade, tais como peças em prata e cerâmica, tecidos rústicos de lã de lhama, artesanatos em couro, entre outros.

Dia 7 - Vales Calchaquíes por Cafayate

Continuaremos nuestro viaje desde Cafayate, visitando los Valles Calchaquíes. Visitaremos la Catedral de Nuestra Señora del Rosario en contraste con los cerros de fondo de varias tonalidades, y luego recorreremos las bodegas más tradicionales de esta hermosa ciudad entre valles y cerros de un impactante color verde, que es la más importante de los Valles Calchaquíes destacada, sobretodo, por sus vinos torrontés, un lugar ideal por su temperatura y humedad para el desarrollo de este tipo de uva de un sabor dulce y frutado, junto con sus quesos de cabra. El nombre de la ciudad se debe al de un antiguo asentamiento aborigen, cuyo significado es "Sepultura de las penas".

Tendremos el placer de poder degustar vinos de algunas bodegas. Seguimos, para visitar el Museo Arqueológico, lugar donde se encuentra gran cantidad de objetos que pertenecieron a poblaciones aborígenes y ha motivado a que se hicieran muchas investigaciones, excavaciones, restauración y exhibición de los mismos.

Nos maravillaremos al entrar en terreno de formas curiosas y muy llamativas, pasando Quebrada de las Conchas, donde podremos ver figuras como la Garganta del Diablo, el Anfiteatro, maravilloso sitio donde se puede escuchar el eco de cualquier sonido perfectamente y donde se llevan a cabo varios festivales de folklore, el Obelisco que forma un solitario peñasco, los Castillos de un rojo intenso que recuerda a los castillos de la época medieval, la Yesera con sus formaciones de arenisca claras, la Casa de los Loros ya que las paredes de piedra tienen orificios que son el hábitat de grandes bandadas de loros durante el verano, el Fraile, el Sapo y la impresionante Garganta del Diablo salteña, con forma de tráquea humana y también llamada así por su coloración.

Haremos una parada en Alemanía, una población solitaria, imposible de no detenernos para admirar sus viejas casones entre sus verdes cerros, en la estación de trenes que ya no se usa más, ahora podremos observar las hermosas obras de artesanos que invitan a llevarnos un lindo recuerdo de este pueblo. Nos prepararemos para descender por los valles.

Llegaremos al Dique Cabra Corral, cerca de Coronel Moldes, un sitio ideal para la práctica de deportes náuticos, pasaremos por poblaciones donde se desarrolla la actividad agrícola-ganadera como El Carril, donde se encuentran varias empresas acopiadoras de tabaco así como también se pueden apreciar plantaciones de higueras, nogales y durazneros, La Merced con sus calles limpias y sus espacios verdes la hacen muy pintoresca, y Cerrillos. Todas estas localidades pertenecen al Valle de Lerma, de donde se dice, según las leyendas que han surgido, que hay tesoros que provienen de minas, que fueron encontrados y que están ocultos en algún lugar entre los cerros. Seguiremos rumbo a la ciudad de Salta, pasando por imponentes paisajes cambiantes a cada curva con magníficos coloridos como el rojizo de los cerros, el ocre del pasto seco, el gris de las piedras y el verde de los cactus. Dormiremos en Salta. Se você deseja conhecer outras opções de excursões em Salta, clique aqui: Excursões em Salta.

Dia 8 - Vales Calchaquíes por Cachi

Café-da-manhã no Hotel. Daremos uma volta pelos Vales Calchaquíes, dessa vez por Cachi, passando em meio de paisagens extraordinariamente bonitos. Durante nosso percurso até essa cidade encantadora poderemos observar lindos pontos turísticos particulares, começando pela Quebrada del Escoipe, uma zona quase selvagem percorrida pelo rio homônimo e que cruza várias pontes até chegar à Costa do Bispo. Essa última é, também, uma obra da natureza, já que começamos a subida por um caminho em zig-zag e de cornija, rodeando-nos de colinas de um verde impactante, toda sua vegetação que, em contraste com o céu se torna um panorama indescritível. O ponto mais alto nesse trecho corresponde à Pedra do Moinho, a 3348 metros sobre o nível do mar e desde o qual teremos uma panorâmica única de Quebrada del Escoipe.

Uns dois kilômetros antes de chegar à Pedra do Moinho, poderemos apreciar o cartaz que nos indica que estamos no Parque Nacional Los Cardones que protege sua vegetação, como Pastizales de Neblina, Monte, Puna, Alta Montaña. Entre a fauna preservam-se espécies como o taruca, vicunha, guanaco, puma, raposa-colorada, lince-pardo, doninha, tatu, condor, pica-pau, lagartixas, coral, urutu, entre outros.

Depois de passar pelo ponto mais alto, Pedra do Moinho, chegaremos ao Vale Encantado, um lugar onde se misturam formas e cores e onde a ação do vento e da água esculpiram a paisagem em curiosas formas e relevos. Ali encontraremos um pequeno lago e pinturas rupestres em covas e aleros. Se tivermos sorte poderemos ver condores voando no céu. Mais tarde, chegaremos a um pequeno vale de ladeiras suaves e cobertas de pasto, aproveitado pelo gado bovino, com o qual é comum que nos cruzemos durante o caminho. Se continuamos mais alguns kilômetros, poderemos apreciar uma bacia fechada e a lagoa El Hervidero, lugar preferido pelos guanacos para pastar.

A Recta de Tin Tin será outro ponto inesquecível que observaremos durante nosso passo, já que se trata de uma linha perfeita de 18 kilômetros de onde podemos ver uma enorme quantidade de cardos, olhando à nossa direita o Cerro Tin Tin e à nossa esquerda o Cerro Negro. Atravessaremos esse antigo caminho inca para chegar a Payogasta, onde nos surprenderemos com o tapete vermelho e colorido que as plantações de pimentões formam, já descendendo ao povoado de Cachi, aos pés do Cerro Nevado e localizado entre o rio homônimo e Calchaquí. Lá, percorreremos suas ruas com edificações de um branco deslumbrante, suas casas de adobe e ruas de pedra, mas o que mais se destaca é a amabilidade e o tratamento das pessoas. Durante a tarrde, regressaremos à Salta.

Dia 9 - Quebrada de Humahuaca

Café-da-manhã no Hotel. Hoje nos espera um dia repleto de história e paisagen, já que faremos o circuito à Quebrada de Humahuaca, visitando seus povoados pré-hispânicos que datam de centenas de anos atrás e alguns se mantiveram intactos, como se estivessem nos convidando a percorre-los para conhecer mais sobre eles. Para começar, a Quebrada de Humahuaca foi declarada Patrimônio Natural e Cultural da Humanidade, em 2003.

Começamos atravessando o vale de Siancas pelo povoado de Gral. Güemes, para percorrer uma área de cultivo de cana de açúcar, tabaco e algodão, entre outros, e chegaremos à província limítrofe Jujuy e sua capital em um vale de 155 kilômetros de extensão, rodeado de colinas multicores, vegetação de zona árida e o rio Grande. Entraremos em uma zona de uma variedade incrível de tons marrons, verdes, ocres e vermelhos. Seguiremos à Yala, uma vila de verão, localizada no meio de montanhas, rios e lagunas, com edificações residenciais e casas de fim-de-semana; ali também se encontra o Parque Provincial Potrero de Yala que preserva as Lagunas de Yala onde pode-se fazer observação de aves. Começamos a ascender pela quebrada, passando por povoados detidos no tempo, que vão fazendo da paissagem um postal inesquecível.

Chegamos a Purmamarca, uma localidade pitoresca localizada aos pés do imponente e único Cerro de los Siete Colores, apresentando-nos suas gamas surpreendentes que se misturam com a tranquilidade do ambiente, sua vegetação e o azul do céu, ademais de centenas de ruínas das primeiras populações da região. Seguimos a Maimará, uma população que se encontra bem no centro da quebrada, ali poderemos apreciar a Paleta del Pintor, com seus cerros multicor fazendo homenagem a seu nome, Posta de Hornillos na qual se encontra um museu para vivenciar e ser testemunhas da vida pré-hispânica; continuamos em direção a Tilcara, localidade famosa por suas covas e ruínas de antigos povoados. Em Uquía, conheceremos sua pequena igreja, a qual é uma das mais antigas da área. Poderemos degustar pratos regionais saborosos e depois fazer um recorrido por onde se encontram os artesãos e adquirir seus artesanatos indígenas, tecidos rústicos de lhama e vicunha, acompanhados de seus habitantes tão amáveis e agradecidos.

Dia 10 - Salinas Grandes & Purmamarca

Partimos diretamente de Purmamarca, aos pés do famoso Cerro dos Sete Cores, iniciando nosso percurso pela região da Puna. Começamos com uma breve parada técnica para caminhar um pouco e aclimatar à altitude, enquanto apreciamos a vista panorâmica do cerro e o ambiente típico da cidade. Continuamos nossa viagem pela espetacular Cuesta del Lipán, estrada de borda onde faremos várias paradas para tirar fotos e aproveitar a experiência de estar sobre as nuvens, atingindo nosso ponto mais alto a 4.170 metros acima do nível do mar. A partir daí, descemos até os 3.600 metros para chegar às imponentes Salinas Grandes, uma paisagem branca e deslumbrante que convida a capturar as fotografias e vídeos mais criativos, vivendo uma experiência única e inesquecível.

As Salinas Grandes são uma das paisagens mais impressionantes do norte argentino, situadas a cerca de 3.600 metros acima do nível do mar, na região da Puna. Este vasto salar se estende até onde a vista alcança, com sua superfície branca e brilhante formada por milhões de anos de evaporação de antigas lagoas salgadas. Caminhar sobre o sal é uma experiência única, enquanto o horizonte se funde ao céu criando uma sensação de imensidão e pureza. A luz do sol transforma constantemente as cores e reflexos, oferecendo oportunidades únicas para fotos e vídeos memoráveis. Além disso, as Salinas Grandes não são apenas um espetáculo visual, mas também um lugar carregado de história geológica e cultural, onde se pode sentir a conexão com a natureza extrema e a tradição dos povos originários que habitam a região.

O retorno é feito pelo mesmo trajeto, mas com uma paisagem diferente: o sol às nossas costas transforma as cores das montanhas, oferecendo novas perspectivas surpreendentes e tonalidades. De volta a Purmamarca, teremos a oportunidade de desfrutar da gastronomia regional (opcional, não incluída), percorrer a praça principal, visitar a igreja da cidade e passear pelo Paseo de los Colorados, admirando novamente o Cerro dos Sete Cores de diferentes ângulos. Retornamos a Purmamarca ou podemos voltar para Jujuy ou Salta.

Dia 11 - Purmamarca - San Pedro de Atacama

Café da manhã no hotel. Partimos em direção à cidade de San Pedro de Atacama de ônibus regular pelo Passo de Jama. Recepção na Terminal de Ônibus de San Pedro de Atacama e traslado para o hotel.

Dia 12 - Vale da Lua & Cordilheira da Sal

Tomamos café da manhã e partimos do nosso alojamento em direção ao enigmático Vale da Lua, declarado Santuário da Natureza e parte da Reserva Nacional Los Flamencos. Adentramos essa depressão rodeada pela imponente Sierra de Orbate, percorrendo suas aproximadamente 13.200 hectares de formações de areia e pedra esculpidas pela erosão fluvial e eólica em tons de cinza, vermelho e ocre. Admiramos sua aparência lunar e as paisagens espetaculares que nos rodeiam, entendendo por que é um lugar imprescindível a visitar no deserto do Atacama. Continuamos explorando a Cordillera de la Sal, formada há mais de 23 milhões de anos pelo dobramento de camadas horizontais de sedimento e rocha que ficaram dispostas verticalmente. A erosão criou formações únicas e brilhos minerais que nos surpreendem a cada passo, com colinas de argila, gesso e sal que compõem uma paisagem de sonho.

Durante o percurso, visitamos a Duna Mayor e as formações de Tres Marías, capturando com nossas câmeras os recantos mais impactantes e desfrutando do silêncio e da paz do deserto, perfeito para meditação e reflexão. Finalizamos a experiência com o pôr do sol no mirante de Ckary ou Piedra del Coyote, acompanhados de um snack e um refrescante pisco sour, enquanto as cores do céu se fundem com as formas e texturas do Vale e da Cordillera. Nosso tour inclui transporte compartilhado da agência, guia bilíngue em espanhol e inglês, e a opção de iniciar o percurso a partir de um ponto de encontro próximo caso nosso alojamento esteja no centro histórico. Levamos roupas leves e confortáveis, calçado resistente, chapéu, óculos de sol e agasalho para a tarde, assim como água suficiente para nos mantivermos hidratados. Este dia nos permite conectar com a imensidão do deserto, explorar paisagens que parecem de outro mundo e deixar-nos maravilhar pela magia do Vale da Lua e da Cordillera de la Sal.

Dia 13 - Lagunas Altiplânicas, Piedras Rojas & Laguna Chaxa

Vamos conhecer as Lagunas Altiplánicas, Piedras Rojas e Laguna Chaxa explorando os cenários mais remotos e impressionantes do altiplano chileno, onde a natureza se expressa em cores intensas e contrastes surpreendentes. Partindo de San Pedro de Atacama, adentramos o deserto de Atacama, o mais árido do mundo, para descobrir ecossistemas únicos e formações geológicas que parecem saídas de outro planeta. O percurso começa com uma visita às Lagunas Altiplánicas, situadas a mais de 4.000 metros acima do nível do mar, onde a água reflete o céu em tons turquesa e o vento acaricia a superfície em um silêncio profundo. Essas lagoas, rodeadas de montanhas e vulcões, são habitat de flamingos andinos e outras espécies adaptadas às condições extremas do altiplano.

Continuando a viagem, chegamos a Piedras Rojas, um lugar de impressionante beleza natural caracterizado por formações rochosas de vermelho intenso que contrastam com o azul do céu e o branco do sal. Essa paisagem surreal, moldada pela atividade vulcânica e pela erosão, oferece um cenário perfeito para fotografia e contemplação. Finalmente, o tour culmina na Laguna Chaxa, localizada no Salar de Atacama, onde águas salinas abrigam uma grande população de flamingos e outras aves migratórias. A paisagem, com suas cores mutantes e atmosfera tranquila, convida à reflexão e ao espanto diante da majestade da natureza. Este tour inclui transporte de ida e volta ao hotel, guia bilíngue e entradas para os parques nacionais, permitindo aos viajantes imergir na beleza e serenidade do altiplano chileno.

Dia 14 - Gêiseres do Tatio

O tour aos Gêiseres del Tatio saindo de San Pedro de Atacama oferece uma experiência única no coração do deserto mais árido do mundo, onde a terra se manifesta em vapor e calor. A apenas 90 km de San Pedro de Atacama, o campo geotérmico dos Gêiseres del Tatio, localizado a 4.320 metros acima do nível do mar, surpreende com mais de 80 gêiseres ativos que lançam colunas de vapor ao amanhecer — um espetáculo natural especialmente impressionante entre 6h00 e 7h00, quando a combinação de frio extremo e vapor quente cria uma atmosfera mágica. A excursão começa bem cedo com o traslado do hotel, permitindo chegar a tempo de presenciar o espetáculo. Ao chegar, os visitantes podem caminhar entre os gêiseres, observar fumarolas, poças de lama fervente e formações geotérmicas únicas enquanto recebem explicações do guia bilíngue sobre a geologia e a história do local. Depois, é servido um café da manhã na área do parque para recuperar as energias antes de continuar a aventura até Machuca, um pequeno e pitoresco vilarejo andino com arquitetura tradicional e um ambiente natural privilegiado. Por fim, o passeio termina com o retorno a San Pedro de Atacama, levando consigo a emoção de ter testemunhado um dos fenômenos geotérmicos mais impressionantes do mundo. O tour inclui transporte de ida e volta ao hotel, guia bilíngue e café da manhã, mas a entrada no parque geotérmico não está incluída. Recomenda-se levar roupas quentes, calçados confortáveis para trekking, chapéu, luvas, óculos de sol, protetor solar e água para aproveitar plenamente essa experiência inesquecível.

Dia 15 - Lagunas Altiplânicas: Verde & Blanca, Deserto de Salvador Dalí, Águas Termais de Pulques, Laguna Colorada & Sol de Mañana - Huayllajara

Sairemos de São Pedro de Atacama, no Chile, para a fronteira boliviana-chilena em Hito Cajón a 4500 msnm onde um transfer nos espera. A Laguna Blanca está situada na Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Abaroa, em Potosí, que alberga também as Lagunas Verde e Colorada. Sua cor branca é devido ao elevado conteúdo de minerais e está unida à Laguna Verde por um mínimo estreito. A Laguna Verde deve a cor de suas águas à presença de magnésio, produzindo uma cor verde esmeralda. A Laguna Colorada é a mais próxima à fronteira com o Chile e sua cor vermelha é produzida por algas: os tons vão mudando de marrom até vermelho forte. São lugares ideais para a cria dos flamingos andinos, devido às águas ricas em minerais.

Sol de Mañana é uma zona que se encontra ao sul da Laguna Colorada, na rota que vai à Salina de Chalviri, a uma altura próxima aos 5.000 msnm. Essa região tem a particularidade de ter uma grande atividade vulcânica, com a presença de gêiseres (fumarolas); nas crateras pode-se ver lava em estado de ebulição, as fumarolas (gêiser) soltam vapores com mistura de água e vapor que chegam a superar, as vezes, 20 metros. Essa paisagem nos leva a épocas iniciais à criação da Terra.

No trajeto passaremos pela Árvore de Pedra. Trata-se de uma obra da mãe natureza: é uma formação geomorfológica produzida pela erosão do vento. Depois, passaremos pelo Deserto de Siloli; famoso por suas formas rochosas, é considerado parte do Deserto de Atacama e é a entrada à Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Abaroa. Chegaremos a 4.000 metros sobre o nível do mar, a rota está repleta de hemimorfita, areais e geralmente é encontrado em estado aceitável. Uma vez em "Los Flamencos Ecolodge", descansaremos depois de um dia movimentado.

Dia 16 - Deserto de Siloli, Árvore de Pedra, Lagunas Kara, Kachi & Negra, Vilarejos de Julaca e Alota & Pôr do Sol no Salar de Uyuni

Após o café da manhã, partiremos de Huayllajara às 7h30 rumo ao Deserto de Siloli, uma das regiões mais áridas e elevadas do altiplano boliviano. O Deserto de Siloli está localizado a cerca de 4.500 metros acima do nível do mar e integra o Deserto do Atacama, o mais seco do mundo. É um dos desertos mais áridos do planeta, pois as chuvas são muito escassas, sendo a entrada para a Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Avaroa. Os arredores oferecem uma vista majestosa dos vulcões coloridos e planícies com grandes manadas de vicunhas e muita vida selvagem.

Lá visitaremos a famosa Árvore de Pedra, uma curiosa formação rochosa moldada pela erosão do vento, um ícone da região e um dos cartões-postais mais emblemáticos do sudoeste da Bolívia. Depois, continuaremos nosso percurso em direção às belas Lagoas Kara e Kachi, duas lagoas altoandinas cercadas por uma paisagem imponente e cores que mudam conforme a hora do dia. Mais tarde, seguiremos para o norte até chegar à Lagoa Negra (também conhecida como Laguna Turquiri), um espelho d’água de origem vulcânica cercado por rochas e vegetação típica do altiplano. Nesta lagoa, é possível avistar patos-andinos negros, uma espécie típica da região.

No caminho para nossa acomodação, cruzaremos as pequenas cidades de Julaca e Alota, que oferecem um vislumbre da vida rural andina, com construções de adobe e tradicionais currais para lhamas e alpacas. No final da tarde, antes de nos dirigirmos para o alojamento, entraremos no Salar de Uyuni para desfrutar de um pôr do sol inesquecível sobre esta imensa planície de sal, uma das maiores e mais espetaculares do mundo. Depois, retornaremos à nossa acomodação em Villa Candelaria, onde passaremos a noite.

Dia 17 - Salar de Uyuni, Ilha Incahuasi, Colchani & Uyuni - Tupiza

Conheceremos a Ilha Incahuasi, que em idioma quechua significa Casa do Inca; encontra-se em pleno centro da salina. Almoçaremos no restaurante da ilha. A Ilha Incahuasi é escarpada com uma quantidade importante de cactus de bom porte, que trepam a 10 metros de altura. Pode-se ingressar a uma trilha sinalizada para percorrer a ilha, desfrutando dos cactus e do azul cobalto do céu. As meses do restaurante são feitas de sal. Por erro, ela é conhecida como Ilha do Peixe, mas trata-se de uma ilha que se encontra próxima.

Visitaremos a Salina de Uyuni, que se encontra nas planícies altiplanas, onde o horizonte consegue alcançar o infinito. Trata-se da maior Salina da Terra, um incrível mar de sal em um contexto natural jamais imaginado. Dá a sensação de estar em um lago gelado que não termina nunca, que continua até o infinito; é um grande deserto branco com uma superfície inimaginável, que lembra que em algum momento foi um extenso mar. Ao anoitecer, as estrelas brilham em um céu profundo, deixando o reflexo de sua luz na planície. O tempo se paraliza para escutar o som do vento frio. Muitos dizem que na Salina de Uyuni o céu, com suas estrelas, se fusiona com o planeta Terra, originando uma mistura de sensações indescritíveis. A Salina de Uyuni abarca una área de mais de 10.000 Km2, estando a 3.660 msmn. A temperatura anual ronda –25°C à noite e 20°C durante o dia, gerando um clima de altura, seco, frio, com poucas chuvas e forte radiação solar.

Visitaremos Colchani, que é um pequeno povoado nas periferias da salina, e é a porta de ingresso à Salina de Uyuni. Seus habitantes indígenas dedicam-se à extração de sal, em forma artesanal. Vivem em outra dimensão do tempo. Há uma estação de trem abandonada, que atravessa o povoado. Colchani não é uma cidade turística porém forma parte do que é Uyuni, com casas abandonadas e ruínas da época em que os trens funcionavam. Os indios estão se acostumando ao movimento gerado pelo turismo.

Vamos conhecer os arredores de Uyuni, onde teremos a possibilidade de visitar o Cemitério dos Trens. É um lugar cheio de maquinas de trens de data antiga que levam muitos anos quando o esplendor da mineira inundou de trens Bolívia. Desta maneira, a primeira via de trens foi Uyuni – Antofagasta a fins do século XIX. Esta via transportava dinheiro das Minas de Huanchaca. Este foi o começo da rota que hoje vai desde Oruro até Villazón. Quando este material precioso acabou, deixaram no caminho as localidades de Atocha e Tupiza, as quais viviam da passagem do trem.

Depois, seguimos viagem até Tupiza.

Dia 18 - Quebrada de Palmira, Vale dos Machos, Cânion do Inca & Cânion do Duende, San Juan del Oro

Partimos cedo pela manhã para percorrer uma fascinante combinação de formações rochosas multicoloridas, rios, vales, quebradas e cânions. Nosso primeiro destino é a Quebrada de Palala, com impressionantes formações irregulares esculpidas pela erosão ao longo dos anos. Continuamos em direção a Tambillo, atravessando sauces densos, e seguimos rio acima para Monterrico e Charahota, onde se observam grandes rochas de arenito erodidas, trechos de flores silvestres e bandos de aves. Também visitaremos “La Poronga”, um peculiar monumento natural fálico de aproximadamente 50 metros de altura.

Retornamos a Tupiza e então viajamos para o sul, rumo à Quebrada de Palmira, uma região de cânions e ravinas com paredes de argila vermelha e montanhas verticais. Aqui está a Puerta del Diablo, uma formação rochosa que, segundo a lenda local, teria se originado quando o diabo partiu uma rocha ao fugir com uma cholita durante o carnaval. Mais ao norte chegamos ao Valle de los Machos, localizado a 3.071 m acima do nível do mar, com curiosas formações rochosas moldadas pelo vento, conhecidas por sua aparência fálica. Finalizamos o percurso no imponente Cañón del Inca, um majestoso desfiladeiro natural.

À tarde entramos em **Toroyoj**, um recanto de sonho onde a natureza se entrega ao descanso e à contemplação. Rodeado por imponentes formações rochosas que se erguem como lanças coloridas em direção ao céu, aos seus pés sussurra o rio San Juan del Oro, acariciando o cenário com sua frescura. Aqui você pode caminhar entre pedras antigas e, se desejar, mergulhar nas águas claras do rio, deixando que o tempo se dissolve em sua corrente.

A jornada prossegue por trilhas que serpenteiam entre montanhas até chegarmos ao **Cañón del Duende**, uma passagem natural estreita e majestosa que deve seu nome a uma formação rochosa em seu topo que evoca a figura de um duende ancestral. Caminharemos entre suas sombras, ouvindo o eco da terra antiga, sentindo como o vento conta histórias que só este lugar conhece. Mais adiante, aproximamo‑nos de **El Angosto**, uma passagem estreita por onde apenas o rio Tupiza cabe, que abre caminho entre as paredes vermelhas da montanha. Cruzaremos esse ponto singular e continuaremos rumo a **Entre Ríos**, onde o San Juan del Oro encontra o Tupiza em um abraço líquido e poderoso. Subiremos até um mirante onde a vista se desdobra em toda a sua magnificência: vales infinitos, rios entrelaçados e, no coração da paisagem, **La Torre**, uma rocha monumental que se ergue solitária e majestosa no vale, como um vigia eterno da passagem do tempo.

Dia 19 - De Tupiza a La Quiaca, Yavi & Villazón - San Salvador de Jujuy

Café da manhã no hotel. Traslado para Villazón. Travessia da fronteira para chegar à La Quiaca.

No extremo norte da Argentina encontram-se terras milenares que guardam lendas de um antigo marquesado, situado em um oásis verde no coração do altiplano de Jujuy, bem na fronteira com o nosso país irmão, a Bolívia, e a caminho de Cuzco, combinando tradição, paisagens e comércio. Cruzaremos a ponte internacional para retornar ao território argentino, de Villazón a La Quiaca.

La Quiaca está localizada na fronteira com a Bolívia. No início do século XX, o trem chegou da Puna até a fronteira, onde foram construídos a estação terminal e um viaduto com três arcos sobre o rio La Quiaca. La Quiaca se desenvolveu com o tempo, ganhando importância a partir da metade do século XX. É um ponto de trânsito constante de habitantes do Altiplano Andino, reconhecíveis por suas vestimentas típicas da puna. Próximo a La Quiaca encontramos outra cidade importante do noroeste argentino: Yavi, rica em história. Seguiremos para Yavi (Marquesado de Tojo), a 16 km de La Quiaca, conhecida por sua igreja histórica com um belo altar e retábulo entalhados à mão e folheados a ouro. O Museu da Casa do Marquês e o velho moinho são reflexos fiéis dos vestígios deste antigo marquesado.

Depois visitamos Abra Pampa, chamada de Sibéria Argentina, nome dado pelos moradores locais, em sua maioria descendentes de sírios. Lá conheceremos a Comunidade de Mulheres Indígenas da Puna. Seguimos por Tres Cruces, o Espinhaço do Diabo, e continuamos até Humahuaca. Em Humahuaca, situada a 2.600 metros acima do nível do mar, visitamos o Monumento à Independência e sua praça principal. Depois seguimos para Huacalera, Uquía (onde estão pinturas de anjos arcabuzeiros da escola de Cuzco), a Posta de Hornillos, passando por Tilcara, finalizando nosso percurso pela Quebrada de Humahuaca. Deixamos para trás os povoados de Purmamarca, Tumbaya, Volcán, Lozano e Yala. Finalmente chegamos a San Salvador de Jujuy.

Dia 20 - Iruya: vila de montanha

De manhã, deixaremos Jujuy para iniciar um percurso rumo a Iruya, passando pelas pitorescas aldeias de Iturbe e Chaupi Rodeo, situadas em paisagens típicas do norte argentino, onde a natureza se mostra em todo o seu esplendor. Subiremos até o Abra del Cóndor, a 4.000 metros acima do nível do mar, o ponto mais alto do percurso, desfrutando de panoramas impressionantes de montanhas e vales. Em seguida, começaremos a descida por um trecho de aproximadamente 19 km, durante o qual poderemos observar como as cores da paisagem mudam surpreendentemente: do verde intenso da vegetação selvagem a tons de roxo e violeta, sempre acompanhados pelo rio Colanzuli, que serpenteia entre os morros e acompanha nosso caminho até chegar a Iruya.

Esta vila montanhosa parece surgir da própria rocha: suas ruas de paralelepípedos, casas de adobe e telhados de telha vermelha se integram à paisagem, oferecendo uma vista de grande beleza e autenticidade. Em Iruya, podemos passear pelo centro histórico, desfrutar da tranquilidade do local e capturar fotografias únicas de seu entorno natural, onde a cultura local e as tradições do altiplano são sentidas em cada canto. No final do dia, retornaremos a San Salvador de Jujuy (ou Salta, dependendo da acomodação), percorrendo novamente esta espetacular estrada de montanha, cheia de vistas panorâmicas e contrastes de cores que fazem deste passeio uma experiência inesquecível.

Dia 21 - San Salvador de Jujuy

Café da manhã no hotel. Traslado para o Aeroporto de Jujuy para pegar o voo de volta para Buenos Aires.


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